A Polícia Penal do Acre deflagrou, nesta semana, a 8ª fase da Operação Mute, com ações concentradas nos presídios de Rio Branco e Sena Madureira. A iniciativa, coordenada nacionalmente pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), visa combater a atuação de organizações criminosas dentro do sistema prisional e reduzir os índices de violência no país. No estado, a operação contou com o apoio de forças especializadas como a Divisão Penitenciária de Operações Especiais (Dpoe), a Divisão de Operações com Cães (DOC), a Polícia Penal Federal e a Polícia Militar do Acre.
Durante as revistas realizadas nas unidades prisionais, foram apreendidos seis celulares, chips, carregadores, materiais perfurocortantes e cordas artesanais conhecidas como “teresas”. A presença de alunos do Curso de Formação de Agente de Polícia Penal (CFAPP), em estágio supervisionado, também marcou a operação, reforçando o caráter formativo e estratégico da ação. Segundo o chefe da Dpoe, João Paulo Mendes, a operação tem como foco desarticular a comunicação entre presos e o exterior, frequentemente utilizada para coordenar crimes fora das unidades.
De acordo com a Senappen, o enfrentamento às comunicações ilícitas dentro dos presídios tem impacto direto na redução dos crimes violentos letais intencionais (CVLI). O diretor operacional do Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen), Tiênio Costa, destacou a importância da operação como parte de um esforço contínuo para enfraquecer o poder das facções. A Operação Mute segue como uma das principais estratégias do governo federal para conter o avanço do crime organizado a partir do sistema prisional.