Em uma manhã marcada pela solidariedade, os alunos do Curso de Formação de Oficiais da Polícia Militar do Acre interromperam suas atividades para participar de uma ação voluntária no Centro de Hematologia e Hemoterapia do estado. O gesto teve como motivação a situação da aluna-oficial Jéssica Moura, que enfrenta pela segunda vez o diagnóstico de leucemia. A mobilização envolveu doações de sangue e o cadastro como doadores de medula óssea, ampliando as chances de encontrar compatibilidade não apenas para Jéssica, que realiza tratamento em Minas Gerais, mas também para outros pacientes em todo o país.
A iniciativa espontânea dos militares ganhou força ao se transformar em uma corrente de empatia. Participantes como Fátima Madeiro destacaram que, embora o ponto de partida tenha sido a colega de farda, o movimento assumiu um caráter coletivo. A presidente do Detran/AC, Taynara Martins, também esteve presente e reforçou o impacto de ações como essa, lembrando que um simples gesto pode representar a diferença entre a vida e a morte. O ato foi recebido com entusiasmo pela equipe do Hemoacre, que enfrenta desafios diários para manter os estoques de hemocomponentes em níveis seguros.
Segundo a coordenação do Hemoacre, são necessárias entre 40 e 50 doações diárias para atender à demanda de pacientes com câncer, traumas e outras condições clínicas. Em dias de baixa adesão, esse número pode cair para menos de um terço, comprometendo o atendimento. A doação de plaquetas, com validade de apenas cinco dias, é outro ponto crítico. Para doar sangue, é preciso ter entre 16 e 69 anos, estar saudável e pesar mais de 50 kg. Já o cadastro para doação de medula óssea exige idade entre 18 e 35 anos e uma simples coleta de sangue, que alimenta o banco nacional de doadores.


