Durante visita à Câmara Municipal nesta terça-feira (23), o prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom (PL), negou que haja qualquer intenção de reajustar a tarifa de ônibus para estudantes, atualmente fixada em R$ 1. A declaração foi uma resposta direta ao vereador Fábio Araújo (MDB), que apontou um possível erro no projeto de lei enviado pela prefeitura. Segundo o parlamentar, o texto prevê que o subsídio seja calculado sobre a tarifa comum de R$ 7,79, o que poderia elevar o valor pago pelos estudantes para R$ 3,79. Bocalom refutou a interpretação e garantiu que os valores atuais, inclusive os R$ 3,50 cobrados dos demais usuários, serão mantidos.
O vereador solicitou vistas ao projeto na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), alegando que, sem correções, o texto prejudicaria diretamente os estudantes. Ele afirmou que pretende devolver o documento com observações, propondo ajustes ou até a revogação do artigo em questão. Em resposta, o prefeito destacou que a prefeitura já cobre a diferença entre a tarifa cheia e a pública, e defendeu que os governos estadual e federal também contribuam, uma vez que muitos alunos atendidos são das redes de ensino mantidas por essas esferas. “Infelizmente, a prefeitura está bancando tudo isso. O ideal é que cada governo repassasse a sua parte”, disse.
Bocalom reforçou que o objetivo da gestão é manter o transporte acessível e melhorar gradualmente sua qualidade. Ele afirmou que o público atendido pelo sistema é majoritariamente formado por pessoas de baixa renda e que a política de subsídios busca garantir justiça social. “Nosso sentimento é de ajudar os menos favorecidos, e não extorquir como acontecia antes”, declarou.