Prestes a ser denunciado pela PGR, Bolsonaro volta a atacar urnas, Moraes e TSE

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O ex-presidente Jair Bolsonaro
(PL) voltou a atacar as urnas eletrônicas, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE)
e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. A atitude
tem surpreendido aliados políticos, já que Bolsonaro vinha seguindo a
recomendação de evitar críticas ao STF para permitir que advogados e apoiadores
construíssem pontes com os magistrados, conforme informações da colunista
Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo.

Nem mesmo em manifestações com
milhares de pessoas, em 2024, Bolsonaro havia ultrapassado esse limite. Segundo
um dos principais líderes do partido que o apoia, ele estaria se sentindo
fortalecido com a queda de Lula nas pesquisas, o que o levaria a cometer
deslizes. O ex-capitão deve ser julgado ainda neste ano pela Corte.

Bolsonaro acreditaria que a
mudança de humor do eleitorado e do cenário político poderia abrir caminho para
a reversão de sua inelegibilidade. Esse excesso de confiança explicaria o erro
de atacar Moraes às vésperas do início de seu julgamento, previsto para este
semestre.

De acordo com a mesma liderança,
Bolsonaro é inconstante e oscila entre seguir a estratégia traçada por seus
aliados e agir de maneira impulsiva. O procurador-geral da República, Paulo
Gonet, deve apresentar denúncias contra Bolsonaro nos próximos dias.

Os ataques

Nesta semana, o ex-mandatário se
reuniu com integrantes da Organização dos Estados Americanos (OEA), que vieram
ao Brasil para elaborar um relatório sobre a liberdade de expressão. Durante o
encontro, Bolsonaro voltou a criticar Moraes e retomou ataques às urnas
eletrônicas em mensagens enviadas a seus seguidores.

Na reunião com o advogado
colombiano Pedro Vaca, da OEA, intermediada por um de seus defensores, Paulo
Cunha Bueno, Bolsonaro
reafirmou sua tese de que Moraes manipula depoimentos, realiza pesca probatória
e ordena prisões sem denúncia formalizada.

O ex-presidente também enviou
mensagens a seus seguidores compartilhando um vídeo sobre uma suposta
intervenção da CIA nas eleições. Na mesma publicação, questionou: “Por que o
TSE não suspende o sigilo do inquérito 1361?”, alegando que o documento traria
indícios de fraudes nas urnas. “Qual o temor? O TSE não confia nas urnas?”,
escreveu.

Com DCM