Com a chegada da primavera e o retorno das chuvas ao Acre, produtores rurais enfrentam um cenário que exige atenção redobrada. A elevação da umidade, característica desta estação, cria condições favoráveis para o surgimento de doenças nas lavouras, proliferação de pragas e aproximação de animais silvestres que podem comprometer plantações e rebanhos. Embora o período represente uma renovação para o campo, os riscos associados ao clima exigem planejamento e medidas preventivas para preservar a produtividade agrícola.
Culturas como milho, feijão, café e frutas amazônicas estão mais vulneráveis a fungos e bactérias, como oídio, ferrugem e podridões. A adoção de práticas como rotação de culturas, drenagem eficiente e aplicação criteriosa de defensivos é essencial para conter os danos. Além disso, o aumento de insetos como lagartas, pulgões e moscas-das-frutas demanda monitoramento constante e uso de armadilhas ou controle biológico. Animais como serpentes, capivaras e porcos-do-mato também se tornam mais presentes, podendo afetar hortas e depósitos de alimentos, enquanto escorpiões e formigas representam riscos à saúde humana.
No setor pecuário, o gado, suínos e aves estão mais expostos a parasitas e doenças infecciosas. A manutenção da vacinação e a vermifugação regular são medidas indispensáveis, assim como o cuidado com a drenagem de pastagens e currais. O excesso de chuvas pode ainda provocar erosões e dificultar o transporte de produtos, exigindo atenção especial à logística e ao armazenamento de grãos.
