O Acre registrou um avanço expressivo na produção agrícola em 2024, com crescimento de 13,5% no valor total, que chegou a R$ 838,5 milhões. A área colhida também aumentou 2,5%, totalizando 97.461 hectares. Os dados são da pesquisa Produção Agrícola Municipal (PAM), divulgada pelo IBGE, e apontam que as culturas temporárias e de longa duração foram responsáveis por 76% do valor gerado, enquanto as permanentes responderam por 24%. O desempenho positivo contrasta com o cenário nacional, que apresentou queda de 3,9% no valor da produção agrícola.
Entre os destaques locais está a mandioca, que gerou R$ 329,5 milhões e representou 39% do valor total da produção estadual. O grupo de cereais e oleaginosas, formado por milho, soja, feijão, arroz, amendoim e sorgo, movimentou R$ 266,3 milhões. Apesar da queda de 14,4% na produção de milho, a soja teve crescimento de 32,4% em volume e 18,2% em valor. A cultura do café também se destacou, com aumento de 59,9% no valor de produção, alcançando R$ 44,9 milhões, impulsionado pela valorização da commodity e pela expansão de áreas produtivas.
A Secretaria de Estado de Agricultura tem investido em tecnologia para fortalecer o setor, com iniciativas como o Programa Solo Fértil, lançado durante a Expoacre Juruá. O projeto busca melhorar a qualidade dos solos e ampliar a produtividade de forma sustentável. Segundo o secretário Luiz Tchê, parcerias com instituições como Embrapa, Ifac e Ufac estão sendo firmadas para garantir precisão nas análises e promover inovação no campo. A expectativa é que o Complexo Industrial do Café transforme o Vale do Juruá em um polo de cafeicultura, agregando valor ao produto e fortalecendo o pequeno produtor.
