A rede municipal de ensino de Cruzeiro do Sul enfrenta uma paralisação por tempo indeterminado iniciada nesta semana, após decisão do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (SINTEAC). A principal reivindicação é o reajuste salarial para professores e servidores temporários, que alegam defasagem nos vencimentos. A greve foi formalizada em assembleia realizada no auditório da Escola Professor Flordorado Cabral, com a presença da presidente estadual do sindicato, professora Rosana Nascimento, que reforçou o apoio à mobilização.
O presidente do SINTEAC em Cruzeiro do Sul, Pedro Lima, destacou a unidade da categoria e afirmou que a greve só será encerrada mediante proposta concreta da gestão municipal. “A greve é por tempo indeterminado e só a gestão municipal pode definir o seu encerramento, apresentando uma proposta que dialogue com os profissionais”, afirmou. A professora Rita Oliveira acrescentou que os servidores temporários desempenham funções equivalentes às dos efetivos, mas com salários inferiores, o que agrava a insatisfação.
Em resposta, a Secretaria Municipal de Educação, por meio da secretária Rosa Lebre, informou que vem mantendo diálogo com o sindicato e que há cerca de 15 dias foram apresentadas quatro propostas, todas com prazos estabelecidos até janeiro de 2026. Entre as medidas está o reajuste salarial dos servidores temporários, previsto para a folha de janeiro. A secretaria aguarda a oficialização do sindicato para retomar as negociações. O secretário adjunto de Educação, Edvaldo Gomes, expressou preocupação com os impactos da paralisação no final do ano letivo, ressaltando que a situação afeta alunos, professores e toda a comunidade escolar.


