Projeto desenvolvido pelo Núcleo Social da Unidade de Monitoramento Eletrônico de Rio Branco concorre ao prêmio nacional

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Com foco na mudança de mentalidade e comportamento, o
Núcleo Social da Unidade de Monitoramento Eletrônico de Pessoas em Rio Branco
(Umep/RB), em parceria com o Poder Judiciário e o Poder Executivo, desenvolve
um trabalho de conscientização, voltado para homens monitorados que cometeram
violência doméstica. A atividade inclui doze encontros nos grupos reflexivos,
onde são realizadas palestras e orientações aos participantes. Nesta
quinta-feira, 27, na sede da unidade, foi realizado o 3º dos 12 encontros com o
atual grupo.

O projeto, que tem como missão contribuir para a diminuição
de crimes de violência doméstica, ganhou notoriedade e foi selecionado para
concorrer ao prêmio Innovare, que tem como objetivo identificar, divulgar e
difundir práticas que contribuam para o aprimoramento da Justiça no Brasil.

Tânia Filgueiras, assistente social da Umep, explicou que o
trabalho é realizado, rotineiramente, com um grupo por vez, formado por até 15
homens. “Nós iniciamos este trabalho em outubro do ano passado, com homens que
estão em cumprimento de medida protetiva. O tema de todos esses grupos é
‘Refletindo a masculinidade’, porque aqui é um espaço para nós refletirmos. É
uma boa prática”, ressaltou.

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Para Tânia, o reconhecimento é motivo de orgulho. “É mais
uma prova de que estamos no caminho certo e eu e toda a equipe ficamos muito
felizes com esse resultado”, finalizou a assistente.

A assistente social destacou, ainda, que na oportunidade,
além de ser trabalhada, diretamente, a conscientização contra a violência
doméstica, também são abordados outros assuntos, que vão desde a saúde do homem
até o respeito com o meio ambiente. “Às vezes o homem, por achar que é homem,
não precisa buscar essa saúde. É algo cultural do machismo. Então, a gente vem
trazer essa abordagem para que eles possam se ver parte do todo, que ninguém é
de ferro. Nós somos seres humanos, passíveis de erro e passíveis também de
adoecimento”.

A equipe conta com dois mediadores, Valdelena Rodrigues
Barbosa e Jefferson dos Reis Pinheiro, que, dentre outras habilidades,
conseguem identificar o perfil do agressor. “Aqui a gente detecta por que a
pessoa é violenta ou agressiva, então a gente tenta trabalhar nesse sentido,
com encaminhamentos. Tem pessoas que é devido à dependência química, devido ao
alcoolismo, então, a gente faz um encaminhamento. Identificamos o foco e
trabalhamos dentro disso”, explicaram os mediadores.

Um dos cumpridores da Medida Alternativa, o jovem M.A,
disse que vê com muita importância a oportunidade. “Porque a maioria das vezes
a pessoa vem meio triste, meio abalada psicologicamente, e aqui tratam a gente
super bem e ajudam a gente a superar dificuldades, a superar as coisas que
aconteceram”, afirmou o cumpridor.

 

Por Notícias do Acre

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