Neste domingo (21), manifestantes se reuniram no Lago do Amor, em Rio Branco (AC), para protestar contra a chamada “PEC da Blindagem” — apelidada por críticos como “PEC da Bandidagem” — e contra a possibilidade de anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro. O movimento, que também ocorreu em outras capitais do país, expressa crescente insatisfação popular com propostas legislativas que, segundo os organizadores, favorecem a impunidade de autoridades e enfraquecem a responsabilização por crimes contra a democracia. Cartazes, faixas e discursos marcaram o ato, que teve como foco a defesa da ética pública e o repúdio a privilégios políticos.
A deputada federal Socorro Neri (PP-AC), única representante do Acre a votar contra a PEC, utilizou suas redes sociais para destacar a mobilização nacional. Em sua publicação, citou Ulysses Guimarães ao afirmar que “a única coisa que mete medo em político é povo na rua”, reforçando que a proposta legislativa provocou uma reação social significativa. Neri classificou a PEC como um “escárnio” e defendeu que o episódio sirva para despertar a consciência cívica da população. A parlamentar também criticou pautas desconectadas das reais necessidades do povo brasileiro e reafirmou seu voto contrário à medida.
Em contraste, o deputado federal Coronel Ulysses (PL-AC), que votou a favor da PEC, foi alvo de polêmica após a divulgação de uma conversa privada pelo portal Arenga do Acre. Na troca de mensagens, o parlamentar teria chamado um cidadão de “maconheiro” e “lixo” ao ser questionado sobre seu posicionamento. A repercussão gerou críticas nas redes sociais e levantou dúvidas sobre a postura do deputado diante do eleitorado.
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