Até transferência do multicampeão
para a escuderia italiana, Max Verstappen liderava o ranking com folga
O
piloto britânico Lewis Hamilton, heptacampeão mundial, vai competir pela Ferrari em 2025, depois de 12 temporadas na Mercedes, anunciou nesta quinta-feira a equipe italiana, que com a
nova contratação não vai mais contar com o espanhol Carlos Sainz.
“A Scuderia Ferrari tem o prazer de anunciar que Lewis
Hamilton se juntará à equipe em 2025, com um contrato de várias
temporadas”, disse a lendária equipe em um comunicado.
O piloto monegasco Charles Leclerc renovou há uma semana seu
contrato com a Ferrari por “várias temporadas” e será colega de
equipe do astro britânico.
Com a confirmação da transferência do heptacampeão para a
Ferrari, cresceu a especulação sobre quanto Hamilton vai ganhar de salário a
partir de 2025. Ao falar sobre a decisão, o britânico explicou que buscava um
“novo desafio”. Os valores da negociação não foram detalhados.
Principal jornalista da BBC sobre a modalidade, Andrew
Benson destacou que poucos pilotos conseguem resistir a um convite da mais
famosa escuderia e apontou que o dinheiro pode ter desempenhado um papel
relevante nesta equação.
“Sem dúvida a contratação de Hamilton pela Ferrari
será estratosférica. Ele havia perdido seu status de piloto mais bem pago da F1
após o novo acordo que garantiu Max Verstappen na Red Bull até 2027, que vale
algo entre 50 milhões e 70 milhões de euros (R$ 267 milhões a R$ 373 milhões)
por ano”, destacou Benson.
Na imprensa internacional, circulam relatos de que o
salário de Hamilton será de pelo menos 40 milhões de euros (R$ 213 milhões, ao
ano). O MailSport afirma que a Ferrari ofereceu este montante para Hamilton, de
39 anos, mesmo valor pelo qual teria estendido o contrato de Charles Leclerc,
de 26 anos.
O site britânico diz que o piloto compatriota ganhava 50
milhões de euros na Mercedes. Andrew Benson, da BBC, pondera que Hamilton pode
ter considerado que a oferta da Ferrari era de um contrato mais longo do que o
oferecido pela Mercedes, o que lhe garantiria “longevidade” na F1.
“Hamilton já tem muito mais dinheiro do que poderia
precisar, e ele comandaria um carro em uma equipe de ponta enquanto continuar a
entregar o mais alto nível e quiser permanecer na F1”, afirma Benson.
Fórmula 1?
semana. A Forbes, revista especializada em economia e finanças, publicou em
setembro uma lista completa dos salários dos pilotos.
Vários contratos estão em negociação, o que envolve
possíveis aumentos de ganhos para os pilotos ou troca-troca de escuderias. No
entanto, a lista da Forbes traça um panorama sobre os rendimentos na
modalidade. Nessa lista, algumas particularidades se destacam, como a diferença
que Max Verstappen tinha, na ocasião, sobre os demais pilotos.
A estrela da Red Bull (ganhando US$ 55 milhões, ou R$ 271
milhões), cujo contrato expira em 2028, encabeça a lista, seguida pelo
heptacampeão, então piloto da Mercedes. A Forbes estimou que Hamilton recebida
US$ 35 milhões (R$ 172 milhões), embora outros veículos de imprensa, como o
MailSport, apontem uma soma de 50 milhões de euros (R$ 267 milhões).
Em terceiro, vem o futuro companheiro de escuderia de
Hamilton, Charles Leclerc, que ganhava US$ 24 milhões (R$ 118 milhões), segundo
a Forbes, mas também teve o salário aumentado recentemente.
Segundo estimativas da Forbes, o rendimento dos pilotos em
2023 aumentaram 25% em relação à temporada anterior. Neste contexto,
destacou-se a posição de Lando Norris, o jovem piloto da McLaren de 23 anos,
que supera Carlos Sainz (então na Ferrari), Checo Pérez (Red Bull), George
Russell (Mercedes) e Fernando Alonso (Aston Martin) em ganhos com salário.
O espanhol, bicampeão mundial, ganha menos que Esteban Ocon
(Alpine) e tem rendimentos idênticos aos de Pierre Gasly (Alpine) e Kevin
Magnussen (Hass). É ainda mais estranho ver Alonso com uma renda de 5 milhões
de dólares na Aston Martin, quando seu salário chegou a 33 milhões na McLaren,
enquanto na Alpine embolsou 27 milhões.
Salários do grid da Fórmula 1
em 2023
Max Verstappen (Red Bull): US$ 55 milhões
Lewis Hamilton (Mercedes): US$ 35 milhões – ou US$ 50
milhões, segundo MailSport
Charles Leclerc (Ferrari): US$ 24 milhões – ou 40 milhões
de euros, no novo contrato
Lando Norris (McLaren): US$ 20 milhões
Carlos Sainz (Ferrari): 12 milhões de dólares
Checo Pérez (Red Bull): 10 milhões de dólares
Valtteri Bottas (Alfa Romeo): 10 milhões de dólares
George Russell (Mercedes): US$ 8 milhões
Esteban Ocon (Alpino): 6 milhões de dólares
Fernando Alonso (Aston Martin): 5 milhões de dólares
Pierre Gasly (Alpine): US$ 5 milhões
Kevin Magnussen (Haas): US$ 5 milhões
Alex Albon (Williams): US$ 3 milhões
Lance Stroll (Aston Martin): US$ 2 milhões
Nico Hülkenberg (Haas): US$ 2 milhões
Guanyu Zhou (Alfa Romeo): US$ 2 milhões
Oscar Piastri (McLaren): US$ 2 milhões
Yuki Tsunoda (AlphaTauri): US$ 1 milhão
Daniel Ricciardo (AlphaTauri): US$ 1 milhão
Logan Sargeant (Williams): US$ 1 milhão
Por Agência O Globo