Queimadas recuam no Acre, mas Rio Branco segue como cidade mais poluída

Acre

 

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O Acre registrou uma queda significativa nos focos de queimadas nos primeiros 21 dias de outubro de 2025, com redução de 72,84% em relação ao mesmo período do ano anterior. Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), foram contabilizados 488 pontos de incêndio neste mês, contra 1.797 em outubro de 2024. No acumulado do ano, a diminuição é ainda mais expressiva: entre janeiro e 21 de outubro, os focos passaram de 8.390 para 2.080, representando uma queda de 75%. O Inpe também informou que não houve registro de queimadas nas últimas 48 horas, reforçando a tendência positiva.

Apesar dos avanços no controle das queimadas, a qualidade do ar em Rio Branco permanece crítica. De acordo com a plataforma suíça IQAir, a capital acreana lidera o ranking de cidades mais poluídas do Brasil nesta quarta-feira, 22. Às 10h, foi registrada uma concentração de 21,7 µg/m³ de partículas finas (PM 2,5), valor 4,3 vezes superior ao limite anual recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A discrepância entre a redução dos incêndios e os níveis de poluição indica que os efeitos acumulados das queimadas anteriores ainda impactam a atmosfera local.

Outras capitais brasileiras também enfrentam altos índices de poluição, embora em menor escala. Após Rio Branco, aparecem Manaus, Campinas, Cuiabá e Recife na lista das cidades com pior qualidade do ar. Especialistas apontam que, mesmo com a diminuição dos focos ativos, a dispersão de partículas finas pode levar dias ou semanas para normalizar, especialmente em regiões com baixa circulação de ventos.