O governo de São Paulo anunciou nesta terça-feira (30) a criação de um gabinete de crise para enfrentar os recentes casos de intoxicação por bebidas alcoólicas adulteradas com metanol. A medida foi divulgada pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) durante coletiva no Palácio dos Bandeirantes, após o registro de 22 ocorrências — sendo 17 suspeitas e 5 confirmadas. Uma morte foi oficialmente atribuída à substância, enquanto outras quatro estão sob investigação. O cenário acendeu um alerta nas autoridades sanitárias e mobilizou ações emergenciais para conter o avanço dos casos.
Entre as estratégias definidas pelo comitê estão a interdição de estabelecimentos suspeitos de comercializar produtos contaminados, a ampliação de canais de denúncia — incluindo o Procon — e o reforço na estrutura da rede pública de saúde para atendimento às vítimas. O secretário estadual da Saúde, Eleuses Paiva, informou que os hospitais já dispõem do antídoto necessário para tratar intoxicações por metanol. Ele também destacou a importância de buscar ajuda médica ao surgirem sintomas como dor abdominal, náuseas e vômitos, que podem indicar exposição à substância tóxica.
A iniciativa do governo visa conter os riscos à saúde pública e garantir uma resposta rápida diante da gravidade dos casos. A adulteração de bebidas com metanol representa uma ameaça silenciosa, com potencial letal, e exige vigilância constante. A atuação conjunta entre órgãos de fiscalização, saúde e proteção ao consumidor será essencial para identificar os responsáveis, retirar os produtos do mercado e evitar novas vítimas. O gabinete de crise seguirá monitorando a situação e atualizando as medidas conforme o avanço das investigações.


