A Saúde do Acre (Sesacre)
está atenta aos casos registrados de febre do oropouche e, com o Ministério da
Saúde (MS), traça estratégias de prevenção e combate à doença.
Desde dezembro, uma equipe do MS está no Acre
para apoiar as ações, como explica o chefe do Departamento de Vigilância em
Saúde da Sesacre, Edvan Meneses.
“Estamos alinhando a coleta de exames
laboratoriais com os municípios e unidades estaduais. Também estamos produzindo
uma nota técnica e manuais para manejo da doença, que irão nortear as equipes
de saúde, e ainda capacitando as equipes das vigilâncias hospitalares e
laboratórios para a coleta, armazenamento e transporte das amostras”, relata.
A Sesacre também está trabalhando para
capacitar as equipes multiprofissionais, aumentando ainda os insumos
estratégicos nas unidades estaduais. O Laboratório Central (Lacen) também deve
ser fortalecido, para aumentar a capacidade diagnóstica.
Conforme a Sesacre, outro ponto que está
sendo fortalecido é a área técnica da vigilância ambiental das arboviroses,
para produção de boletins e notas, um trabalho também essencial para acompanhar
a evolução da doença.
Prevenção, sintomas e tratamento
Os estudos realizados pelo Departamento de
Entomologia da Sesacre indicam que os principais vetores da oropouche são o Culicoides
paraensis e o Culex quinquefasciatus,
popularmente conhecidos como meruim ou maruim pela população. Sobretudo, as
equipes estão coletando amostras nos locais de maior incidência da doença, para
confirmar a presença dos mosquitos e sua ligação direta ao aumento de casos da
doença no perímetro urbano.
Com a presença massiva dos dois possíveis
vetores na região amazônica, é fundamental que, a fim de minimizar as chances
de ser picada pelos insetos, a população tome medidas como:
sua casa.
Os sintomas da oropouche duram entre dois e
sete dias, com evolução benigna e sem sequelas, mesmo nos casos mais graves.
São eles: febre de início súbito, cefaleia intensa (dor de cabeça), mialgia
(dor nas costas/lombar) e artralgia (dor articular). Ou, ainda:
Cabe destacar que a febre do oropouche foi
descrita pela primeira vez na década de 60, mas não há, até o momento,
registros de mortes associadas à doença. Conforme o Ministério da Saúde, não
existe tratamento específico nem vacina para a febre do oropouche, portanto,
pacientes infectados devem permanecer em repouso, com tratamento sintomático e
acompanhamento médico.
Caso sinta sintomas leves a moderados, basta
se dirigir a uma unidade básica de saúde e, para sintomas graves, deve-se
procurar a unidade de pronto atendimento (UPA) mais próxima.
Por Agnes Cavalcante, Notícias do Acre