O Ministério Público do Acre abriu investigação para apurar um escândalo envolvendo duas servidoras da prefeitura de Senador Guiomard que, mesmo matriculadas em um curso de Medicina na Bolívia, continuavam recebendo salários do município sem cumprir a carga horária exigida. A denúncia, recebida no fim de abril, aponta que as funcionárias estudavam na Universidad Amazónica de Pando, em Puerto Evo, cidade boliviana na fronteira com o Acre, o que tornaria inviável a presença diária no trabalho.
Uma das servidoras ocupava o cargo de chefe de gabinete do vice-prefeito, enquanto a outra atuava na Secretaria de Assistência Social. A promotora Eliane Misae, responsável pelo caso, requisitou folhas de ponto e esclarecimentos à prefeitura, que alegou só ter tomado conhecimento da situação após ser notificada pelo MP.
Diante da pressão, a gestão municipal agiu rapidamente e exonerou as duas servidoras. O caso levanta suspeitas sobre a fiscalização interna da prefeitura e reacende o debate sobre o uso indevido de cargos públicos para fins pessoais.
