Sindmed-AC flagra a falta de médico no setor semi-intensivo

Acre

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A Diretoria do Sindicato dos
Médicos do Acre (Sindmed-AC) flagrou a falta de médico no setor semi-intensivo
do Hospital da Criança durante o período do dia. O setor jurídico da entidade
estuda o caso e avalia medidas jurídicas para evitar mortes de crianças, porque
a situação vem se repetindo, chegando a não existir escala no mural.

A visita técnica foi realizada na
noite de quarta-feira, dia 9, em que os sindicalistas verificaram ainda uma
série de irregularidades, como a existência de apenas um banheiro para atender
todos os pacientes e acompanhantes dos mais de 50 leitos, e a falta de exaustão
de ar.

Os representantes do Sindmed-AC
ainda apontaram o forte cheiro de esgoto em algumas áreas. A Diretoria também
apontou um erro de gestão da unidade, que deixou de utilizar alas do Into mais
propícias para abrigar a enfermaria, com melhor ventilação, diferente do galpão
improvisado em que o Hospital da Criança é abrigado.

Ainda houve a constatação de
equipamento de diálise acondicionado em local irregular, em uma ala da
enfermaria que não possui ventilação e sem privacidade para a criança. A
situação é considerada ainda mais complicada porque o serviço só pode funcionar
mediante agendamento, já que não existe profissional de plantão autorizado a
operar, o que ocorre de forma terceirizada.

Os diretores também verificaram
problemas no repouso médico, que ainda abriga uma copa improvisada. O local em
que os residentes trabalham possui condicionador de ar com poluição sonora que
dificulta o trabalho e a discussão de casos.

Para Osvaldo Leal, diretor do
Sindicato, a situação é gravíssima e deve ser corrigida com urgência, porque há
anos a falta de assistência para crianças é pauta de cobranças feitas pelo
Sindmed.

“Ficamos tristes com o cenário, é
desolador, porque prejudica o trabalho dos médicos e pode causar danos para a
saúde dos pacientes”, afirmou Osvaldo Leal.

A primeira secretária do
Sindicato, Kátia Campos, explicou que um documento será enviado para a
Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), recomendando a resolução dos
problemas, além da avaliação dos advogados, que podem apontar a necessidade do
ajuizamento de processos contra a gestão.

“Nossa preocupação é garantir
melhores condições de trabalho, o que se reflete em um melhor atendimento para
as crianças. Nesse caso, o Sindmed está preocupado, porque já existiu o
registro de mortes pela falta de estrutura, em anos anteriores”, finalizou a
sindicalista.