O ministro Cristiano Zanin, do Supremo
Tribunal Federal (STF), marcou para dia 8 de abril o início do julgamento da
denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) que envolve o núcleo 3 da
acusação da trama golpista durante governo do presidente Jair Bolsonaro. Também
foi agendada a sessão do dia 9 de abril para analisar o caso.
As datas foram marcadas após o relator
do caso, ministro Alexandre de Moraes, liberar o caso para julgamento.
De acordo a PGR, os denunciados deste
núcleo são acusados de planejarem “ações táticas” para efetivar o
plano golpista. O grupo é formado por 11 militares do Exército e um policial
federal.
Fazem parte deste núcleo os seguintes
investigados:
- Bernardo Romão Correa Netto (coronel);
- Cleverson Ney Magalhães
(tenente-coronel); - Estevam Theophilo (general);
- Fabrício Moreira de Bastos (coronel);
- Hélio Ferreira (tenente-coronel);
- Márcio Nunes De Resende Júnior (coronel);
- Nilton Diniz Rodrigues (general);
- Rafael Martins De Oliveira
(tenente-coronel); - Rodrigo Bezerra De Azevedo
(tenente-coronel); - Ronald Ferreira De Araújo Júnior
(tenente-coronel); - Sérgio Ricardo Cavaliere De Medeiros
(tenente-coronel); e - Wladimir Matos Soares (policial federal).
Julgamento
O processo será julgado pela Primeira
Turma do Supremo. O colegiado é composto pelo relator da denúncia, Alexandre de
Moraes, e os ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Luiz Fux.
Pelo regimento interno da Corte, cabe
às duas turmas do tribunal julgar ações penais. Como o relator faz parte da
Primeira Turma, a acusação será julgada pelo colegiado.
Se a maioria dos ministros aceitar a
denúncia, Bolsonaro e os outros acusados viram réus e passam a responder a uma
ação penal no STF.
No dia 25 de março, o colegiado vai julgar a denúncia do núcleo 1, formado pelo
ex-presidente Jair Bolsonaro e outros acusados.
André Richter – Repórter da Agência
Brasil