A identificação de Mateus Lima da Silva, desaparecido desde maio de 2022, marca um avanço significativo na atuação da Polícia Civil do Acre (PCAC) no enfrentamento ao desaparecimento de pessoas. O desfecho ocorreu em agosto de 2025, quando Mateus deu entrada inconsciente no Pronto-Socorro de Rio Branco, sem documentos e vindo de Assis Brasil. A equipe médica acionou o Instituto de Identificação Raimundo Hermínio de Melo (IIRHM), que, por meio de sistemas biométricos avançados, confirmou sua identidade e notificou a família. O sucesso da operação foi possível graças à recente adesão da PCAC ao Portal Nacional de Desaparecidos, plataforma que permite o compartilhamento de dados em tempo real entre todas as polícias civis do país.
A integração ao portal, implementada em agosto, representa um marco para o Acre, que passa a contar com ferramentas modernas como o Automated Biometric Identification System (ABIS), capazes de cruzar digitais com bancos de dados estaduais e nacionais. Segundo o delegado-geral José Henrique Maciel, a iniciativa reforça o compromisso da instituição com a proteção da vida e a defesa dos direitos humanos. Já o diretor do IIRHM, Júnior César da Silva, destacou o papel da perícia papiloscópica na resolução de casos complexos, ressaltando que cada pessoa identificada representa uma família que pode voltar a ter paz.
A adesão ao Portal Nacional de Desaparecidos posiciona o Acre como referência na aplicação de tecnologia para fins humanitários. A atuação conjunta entre polícia, perícia e saúde pública demonstra como políticas integradas podem oferecer respostas rápidas e eficazes. De acordo com a Lei 13.812/2019, o registro de desaparecimento pode ser feito imediatamente, sem necessidade de aguardar 24 horas, o que amplia as chances de localização. O caso de Mateus Lima da Silva é um exemplo concreto de como inovação e cooperação institucional podem devolver dignidade às famílias e transformar a realidade da segurança pública no estado.