Um vídeo transmitido ao vivo por adolescentes internos do Centro Socioeducativo Aquiri, em Rio Branco, gerou repercussão nas redes sociais nesta terça-feira (9), ao expor falhas no controle de segurança da unidade. As imagens, gravadas dentro do centro, revelam o uso indevido de um aparelho celular, prática proibida por normas internas. A situação levantou questionamentos sobre a fiscalização de prestadores de serviço e o cumprimento das diretrizes que regem o ambiente socioeducativo, que atualmente abriga cerca de 30 jovens em cumprimento de medidas judiciais.
Segundo informações apuradas, o celular utilizado na transmissão pertencia a um professor de barbearia que atua como prestador de serviço na instituição. A conduta, considerada grave, deveria ter resultado na condução do docente à Delegacia de Flagrantes (Defla), conforme previsto em protocolo. No entanto, uma ordem superior teria impedido que o procedimento fosse realizado, gerando dúvidas sobre a autonomia da gestão local e a aplicação de medidas disciplinares. A ausência de responsabilização imediata reforça preocupações sobre a vulnerabilidade do sistema e a eficácia das ações corretivas.
Procurada pela imprensa, a direção do Centro Aquiri preferiu não se manifestar sobre o ocorrido. O silêncio institucional diante de um episódio que envolve segurança, disciplina e transparência acende um alerta sobre a necessidade de revisão nos processos internos e na supervisão de profissionais terceirizados.