O assassinato do influenciador conservador Charlie Kirk, ocorrido durante um evento na Utah Valley University, provocou forte repercussão nos Estados Unidos e reacendeu o debate sobre a escalada da violência política no país. Fundador da organização Turning Point USA e aliado próximo do ex-presidente Donald Trump, Kirk foi morto a tiros diante de mais de três mil pessoas. Em pronunciamento na plataforma Truth Social, Trump classificou o episódio como um “momento sombrio” e atribuiu a responsabilidade à “retórica da esquerda radical”, que, segundo ele, teria fomentado um ambiente de hostilidade contra figuras públicas conservadoras.
A investigação do caso está sendo conduzida pelo FBI e pelo Departamento de Segurança Pública de Utah. Imagens indicam que o disparo pode ter partido do telhado de um dos prédios da universidade, e até o momento, nenhum suspeito foi formalmente identificado. Testemunhas relataram falhas na segurança do evento, como ausência de revistas e detectores de metais. A universidade anunciou o fechamento do campus até o fim de semana. Lideranças democratas, como Barack Obama, Joe Biden e Kamala Harris, condenaram o ataque e pediram moderação no discurso político.
A morte de Kirk ocorre em meio a uma série de episódios violentos envolvendo figuras públicas nos Estados Unidos. O governador de Utah, Spencer Cox, classificou o crime como “assassinato político” e pediu que os americanos abandonem a cultura do ódio. Já aliados de Trump reforçaram críticas à polarização e à retórica progressista. O caso reacende discussões sobre segurança em eventos públicos, liberdade de expressão e os limites do discurso político em um cenário cada vez mais marcado por tensões ideológicas.