Durante entrevista à Fox News nesta terça-feira (19), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez declarações controversas ao comentar a guerra entre Rússia e Ucrânia. Ao afirmar que “não se enfrenta um país dez vezes o seu tamanho”, Trump pareceu atribuir à Ucrânia parte da responsabilidade pelo conflito iniciado em fevereiro de 2022, quando tropas russas invadiram o território ucraniano. A fala gerou repercussão imediata, especialmente após o encontro do presidente americano com Volodymyr Zelensky e líderes europeus na Casa Branca, realizado no dia anterior.
Trump também mencionou a região do Donbass, composta por Donetsk e Luhansk, como foco das negociações atuais. Segundo ele, “79% do Donbass está sob controle da Rússia”, o que, em sua visão, deve ser considerado nas tratativas de paz. Embora não tenha detalhado as exigências de Vladimir Putin, o presidente americano indicou que as decisões sobre o território cabem aos líderes envolvidos. A CNN informou que quase toda Luhansk e mais de 70% de Donetsk estão ocupadas por forças russas, o que reforça o impasse diplomático.
As declarações de Trump reacendem o debate sobre sua postura em relação à Rússia e ao presidente Putin, com quem já afirmou ter “proximidade”. A oposição interna e aliados europeus demonstram preocupação com o impacto dessas falas na condução da política externa dos Estados Unidos. Enquanto negociações sobre um possível acordo de paz avançam, a posição americana segue sendo observada de perto por analistas internacionais, que apontam riscos de enfraquecimento da solidariedade ocidental à Ucrânia.