Durante sessão realizada nesta terça-feira (21) na Câmara Municipal de Rio Branco, o vereador André Kamai (PT) fez um pronunciamento contundente contra o Ministério Público do Acre (MPAC), acusando o órgão de omissão diante de supostas irregularidades na administração do prefeito Tião Bocalom. Segundo Kamai, a falta de atuação do MP tem contribuído para um “clima de impunidade” na Prefeitura. Ele citou como exemplo a ausência de licitação no transporte público há quatro anos, mesmo com o aumento contínuo dos subsídios. “Temos uma das tarifas mais caras e um dos piores serviços do Brasil, e ninguém acha isso anormal”, afirmou.
O parlamentar também mencionou denúncias envolvendo contratos irregulares, obras paralisadas e desvios em programas sociais, alegando que o Ministério Público tem se mantido inerte diante das situações. Para Kamai, o órgão demonstra agilidade apenas quando se trata de defender seus próprios integrantes, mas não aplica o mesmo rigor ao fiscalizar a gestão municipal. “Enquanto o Ministério Público mostra rapidez para defender seus membros, falta coragem para enfrentar os desmandos da Prefeitura”, declarou durante seu discurso.
Encerrando sua fala, Kamai cobrou uma postura mais ativa do MPAC e pediu que o órgão “saia do ar-condicionado e vá cuidar dos interesses do povo”. A crítica repercutiu entre os demais parlamentares e reacendeu o debate sobre o papel das instituições de controle na fiscalização das ações do Executivo municipal.


