A sessão ordinária da Câmara Municipal de Rio Branco, realizada na última terça-feira (19), foi marcada por manifestações de diversos parlamentares em torno das denúncias de assédio moral contra o superintendente da RBTrans, Clendes Villas Boas. O vereador Fábio Araújo (MDB) reiterou o pedido de afastamento do gestor, alegando que a medida é necessária para garantir a imparcialidade da investigação e proteger as servidoras envolvidas. Segundo ele, o afastamento não configura pré-julgamento, mas sim uma ação preventiva diante da gravidade das acusações. “Não se trata de vaidade, e sim de responsabilidade”, afirmou.
O vereador Aiache (PP) também se posicionou, criticando declarações recentes de Villas Boas que teriam atribuído ao Legislativo práticas de crime eleitoral. “A acusação ultrapassou todos os limites. Foi leviana. Tem que provar”, disse, ao defender o respeito à instituição e o afastamento do superintendente como forma de preservar o Executivo. Aiache informou que a Comissão da Mulher da Câmara já entregou documentos ao Ministério Público, que iniciou as apurações. Ele destacou que, embora a CPI seja um instrumento legítimo, o parlamento confia na condução do MP para garantir celeridade e imparcialidade no processo.
Já o vereador Éber Machado (MDB) utilizou o pequeno expediente para defender a instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), alegando que denúncias de assédio, perseguição institucional e uso político da autarquia chegaram à Câmara por meio de vídeos e documentos enviados por servidores e ex-servidores. Éber afirmou que o superintendente teria citado nominalmente parlamentares em supostas acusações eleitorais, o que classificou como um ataque institucional. Até o momento, cinco assinaturas foram recolhidas para abertura da CPI, sendo necessárias sete para que o processo avance. “Nosso papel é preservar a integridade da instituição, respeitar os servidores e agir com responsabilidade diante de denúncias sérias como essas”, concluiu.