Um episódio controverso envolvendo dois profissionais da saúde reacendeu o debate sobre a precariedade da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) José Rodrigues, situada na Zona Norte de Manaus. Imagens que circulam nas redes sociais mostram um médico e uma estagiária de enfermagem em atos sexuais durante o expediente, dentro das dependências da unidade. O conteúdo explícito gerou indignação entre usuários do sistema público, que já enfrentam dificuldades recorrentes para obter atendimento adequado. A repercussão do caso levanta questionamentos sobre a conduta ética dos envolvidos e o ambiente institucional que permitiu tal ocorrência.
A UPA José Rodrigues, administrada pelo Governo do Amazonas, já vinha sendo alvo de críticas por sua estrutura deficiente, longas filas de espera e escassez de recursos básicos. O novo episódio, embora tenha ocorrido há cerca de três anos segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), foi revelado recentemente e intensificou a insatisfação da população. A falta de fiscalização e a ausência de protocolos eficazes para garantir o profissionalismo dentro da unidade são apontadas como fatores que contribuem para o desgaste da imagem do serviço público de saúde na região.
Em nota oficial, a SES-AM informou que os envolvidos não pertencem ao quadro efetivo da secretaria, sendo um terceirizado e uma estagiária sem vínculo direto. A pasta declarou que iniciou procedimentos internos de apuração assim que tomou conhecimento do caso, reforçando seu compromisso com a ética e a transparência. O Conselho Regional de Enfermagem do Amazonas (Coren-AM) também se manifestou, afirmando que o conteúdo será analisado juridicamente.
