Zambelli será presa e abandonada por Bolsonaro, dizem aliados

Acre
02082023-lula7886 Zambelli será presa e abandonada por Bolsonaro, dizem aliados

Membros do Partido Liberal (PL)
consideram inevitável a prisão da deputada Carla Zambelli (PL-SP) e avaliam que
sua situação política se agravou significativamente nos últimos dias. A
parlamentar responde por porte ilegal de arma e constrangimento ilegal após
perseguir o jornalista Luan Araújo com uma arma em São Paulo, em outubro de
2022, na véspera do segundo turno das eleições.

Aliados do ex-presidente Jair
Bolsonaro (PL) afirmam que ele não deve se envolver na defesa de Zambelli.
Segundo essas fontes, Bolsonaro ainda a responsabiliza pela derrota no segundo
turno das eleições de 2022.

Além disso, a deputada está
envolvida na investigação sobre o ataque hacker ao CNJ junto com Walter
Delgatti Neto.

Fontes do partido revelam que a
legenda já estuda medidas políticas diante do cenário, mas reconhecem que o
caso do hacker complica qualquer estratégia de defesa.

“O partido está em alerta. O caso
do CNJ é especialmente delicado e pode acelerar uma decisão sobre o futuro
político dela”, afirmou uma liderança partidária sob condição de anonimato ao
blog de Andréia Sadi, da GloboNews.

Walter Delgatti, o “Hacker de
Araraquara”, foi contratado por Zambelli para tentar fraudar as urnas, diz
investigação. Foto: reprodução

O Supremo Tribunal Federal (STF)
já registra cinco votos pela condenação de Zambelli a cinco anos e três meses
de prisão. O ministro Cristiano Zanin foi o último a se manifestar, seguindo o
relator Gilmar Mendes, que também defendeu a perda do mandato da deputada. O
placar atual é 5 a 0 pela condenação, faltando apenas mais um voto para formar
maioria.

No entanto, o julgamento foi
interrompido nesta segunda-feira (24) após o ministro Kassio Nunes Marques
pedir vistas do processo, adiando-o temporariamente. A defesa de Zambelli vê no
pedido uma possibilidade de reverter o cenário.

“A defesa da Deputada Carla
Zambelli vê com esperança o pedido de vistas do Ministro Kassio Nunes,
esperando que tanto S. Exa., como os demais Ministros que irão votar possam
examinar minuciosamente o processo e constatar, como exposto nos memoriais encaminhados,
que não pode prevalecer o voto condenatório proferido pelo Eminente Ministro
Relator”, afirmaram os advogados em nota.

Augusto de Sousa, em DCM